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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Aprenda a esperar...

Você anda por entre as árvores de um lindo pomar, admirando as belas frutas que se esforçam em crescer nos galhos mais altos. Não é a época certa e as frutas estão todas verdes ainda, mas você gosta tanto da cor verde que o brilho delas frente ao sol parece ainda mais vibrante. Com muito esforço, você sobe na arvore e consegue alcançar aquele galho mais alto e apanhar aquela fruta verde. Desce rapidamente e numa fome insaciável dá uma mordida forte. Mas o sabor é azedo, é impossível suportar, parece que foi o pior gosto que você experimentou na vida.
Rapidamente joga fora o que restou do fruto e jura pra você mesmo nunca mais comer outro fruto daquela árvore. Fica sentado ao sol de longe tentando entender porque a natureza foi tão rude com você, fazendo um fruto tão lindo e de um gosto tão amargo.
Mas você não consegue perceber que a única coisa errada ali é você. Claro que o sabor é azedo, afinal falta alguns meses para a maturação da fruta, mas você ficou tão impressionado com o que viu que nem se importou com isso. Afinal quando os olhos nos encantam, o resto desaparece.
Moral da história: Muitas vezes na vida queremos tanto uma coisa que não temos paciência de esperar o tempo certo para que elas aconteçam. E o que é pior, ficamos sentados ao sol reclamando da vida, sendo que ela nos deu o que era certo, mas nós buscamos no tempo errado e mesmo assim, com todos os erros que cometemos, nem somos capazes de perceber que a sombra dessa linda árvore estava lá, podendo tornar nossos dias menos turbulentos enquanto esperávamos o tempo certo.
Tire uma lição disso tudo, saiba entender as coisas pelo que elas são, não apenas porque parecem maravilhosas aos seus olhos. Antes de aproveitar uma grande oportunidade, certifique-se que é a melhor hora para que aconteça, ou se simplesmente você precisa se sentar à sombra e esperar o mais saboroso fruto que você imaginou cair de uma forma inesperada aos seus pés.

                                                                                                         Dí Silveira